Reminiscências dos Quilombos – Ponto Urbe, edição 10

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Reminiscências dos Quilombos: territórios da memória em uma comunidade negra rural

MELLO, Marcelo Moura. Reminiscências dos Quilombos: territórios da memória em uma comunidade negra rural. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2012. 267p.

Rebeca Campos Ferreira

Doutoranda em Antropologia Social, USP

O reconhecimento e titulação de terras de comunidades remanescentes de quilombos tem seu marco constitucional dado pelo Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) da Constituição Federal Brasileira de 1988 (CF-88). O debate sobre esta nova categoria jurídica, comunidades remanescentes de quilombos, que origina novos sujeitos de direito, é marcado por controvérsias, debates que passam tanta pela aplicabilidade da norma quanto pela própria definição do conceito de quilombo, daí a necessidade de ressemantização do termo para que abarcasse as diversas realidades de comunidades negras rurais, agora postas na abrangência da categoria jurídica citada.

No quadro do reconhecimento desses direitos, no qual se dá a emergência dos remanescentes, questões e dilemas identitários têm seu lugar, uma vez que o reconhecimento é pautado em marcadores étnicos. É nesse debate que a obra de Marcelo Moura Mello se insere, que a partir do caso da comunidade negra do Cambará, enriquece as discussões acerca das correlações entre etnicidade e memória.

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Reminiscências dos quilombos | CAMPOS – Revista de Antropologia Social, v. 12, n. 1 (2011)

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MELLO, Marcelo Moura. 2012. Reminiscências dos quilombos: territórios da memória em uma comunidade negra rural. São Paulo: Editora Terceiro Nome. 267 pp.

Marcos Silva da Silveira

O livro trata de um estudo a respeito de memórias de uma população quilombola no Rio Grande do Sul. Nesta região, palco de vários processos históricos como as reduções jesuíticas e as guerras guaraníticas, no século XVIII, e a escravidão negra e a abolição, ao longo do século XIX, foi possível o surgimento de uma “brecha camponesa” negra. Com a grande imigração e a chegada dos europeus, porém, houve uma redefinição do lugar da população negra, com a perda de terras e a
impossibilidade de um acesso pleno a direitos civis.

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Reminiscências dos quilombos – Revista Anthropológicas, ano 15, vol. 22(2), 2011

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MELLO, Marcelo Moura.

2012. Reminiscências dos quilombos: Territórios da memória em uma comunidade negra rural.
São Paulo: Terceiro Nome. 272 p.

Jaqueline de Oliveira e Silva

O conteúdo das narrativas dos moradores da comunidade quilombola de Cambará, Rio Grande do Sul, não é mera expressão dos fluxos desencadeados pelo Estado, ou tentativa de instrumentalizar lembranças para reivindicar direitos. A memória trabalha criativamente a partir do que foi vivido e experienciado pelo grupo, e todas as narrativas vão conformando argumentos de ‘ordem moral’, formulando noções de justiça, que não podem ser lidas em uma chave instrumental unicamente para atender fins políticos.

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Reminiscências dos quilombos | RURIS – Revista do Centro de Estudos Rurais (UNICAMP), v. 5, n. 2 (2011)

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REMINISCÊNCIAS DOS QUILOMBOS TERRITÓRIOS DA MEMÓRIA EM UMA COMUNIDADE NEGRA RURAL

Marcelo Moura Mello

São Paulo: Terceiro Nome, 2012

PAULA BALDUINO DE MELO

Em tempos de desqualificação da reivindicação de direitos por comunidades quilombolas no Brasil e na América Latina, uma obra que ressalta a dimensão criativa da memória é meritória. Em diversos pontos da diáspora africana, comunidades negras lutam pela garantia de territórios ancestrais. Nesses enfrentamentos, as estratégias contrárias vão desde ameaças e ações de violência explícita direcionadas aos quilombolas a construções retóricas que desvalorizam a dimensão oral, plataforma primordial de registro da trajetória de tais comunidades, ao questionar os procedimentos jurídico- legais para a identificação, o reconhecimento e a regularização dos territórios de remanescentes das comunidades de quilombos.

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Reminiscências dos quilombos – Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan-jun

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MELLO, Marcelo Moura. Reminiscências dos quilombos: Territórios da memória em uma comunidade negra rural. São Paulo: Editora Terceiro Nome. 2012. 267 pp.

Flávia Carolina da Costa
Doutoranda do PPGAS-UFSCar

“Pois um acontecimento vivido é finito, ou pelo menos encerrado na esfera do vivido, ao passo que o acontecimento lembrado é sem limites, porque é apenas uma chave para tudo o que veio antes e depois”. É assim que Walter Benjamin vai aos poucos analisando Em busca do tempo perdido, obra de Marcel Proust – o trabalho da reminiscência é que vai dizendo da qualidade da textura. E essa talvez seja também a moldura de melhor encaixe para o livro de Marcelo Moura Mello. No trajeto das memórias dos moradores de Cambará, uma comunidade negra rural, localizada na região central do Rio Grande do Sul, o autor vai cuidadosamente descrevendo o processo de reconhecimento da comunidade como remanescente quilombola.

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Reminiscências dos quilombos – Cadernos de Campo / USP, v. 22, n. 22 (2013)

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MELLO, Marcelo Moura. Reminiscências dos quilombos: territórios da memória em uma comunidade negra rural. São Paulo: Terceiro Nome, 2012, 267 p.

Marcos Teixeira Souza – Universidade Federal de Goiás, Goiânia, Goiás, Brasil

O Rio Grande do Sul dos pampas, da beleza arquitetônica de Gramado, de um estado construído pela colaboração de imigrantes europeus, da figura do gaúcho, contrasta com um outro Rio Grande do Sul, desconhecido ou pouco conhecido: as comunidades rurais, remanescentes de quilombos. Enveredando por um caminho pouco explorado pelas historiografias oficiais, Marcelo Moura Mello revela em sua pesquisa, fruto de sua experiência no projeto de extensão de uma universidade com várias entidades, uma obra ímpar para repensar o Sul com outro olhar, demovendo a invisibilidade do negro na região.

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Reminiscências dos Quilombos – Ruris | Revista do Centro de Estudos Rurais (IFCH – Unicamp), novembro de 2013

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“Em tempos de desqualificação da reivindicação de direitos por comunidades quilombolas no Brasil e na América Latina, uma obra que ressalta a dimensão criativa da memória é meritória. Em diversos pontos da diáspora africana, comunidades negras lutam pela garantia de territórios ancestrais. Nesses enfrentamentos, as estratégias contrárias vão desde ameaças e ações de violência explícita direcionadas aos quilombolas a construções retóricas que desvalorizam a dimensão oral, plataforma primordial de registro da trajetória de tais comunidades, ao questionar os procedimentos jurídico-legais para a identificação, o reconhecimento e a regularização dos territórios de remanescentes das comunidades de quilombos.”

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