O Capa-Branca – de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil – Portal da Prefeitura de Franco da Rocha – 24 de maio de 2018

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“A Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Franco da Rocha convida a população para a palestra do ex-funcionário do hospital psiquiátrico Juquery, Walter Farias. A história de Walter resultou no livro “O Capa Branca”, escrito pelo jornalista Daniel Navarro, que também estará na atividade. Após anos cuidando de pessoas, o auxiliar de enfermagem tornou-se paciente do hospital.

O evento acontecerá na terça-feira, 12 de junho, às 10h, na Casa de Cultura Marielle Franco, e integra o curso “Memória e história: técnicas de pesquisas para produção de acervo cultural”, que faz parte do programa Franco Memória. ”

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O Capa-Branca – Conectar, 9 de maio de 2017 (edição 110)

6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica da FCMSCSP

Com o objetivo de incentivar o diálogo sobre saúde mental e propor debate sobre o movimento nacional da luta antimanicomial, o curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo realiza no dia 13/5, sábado, o 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica.

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De acordo com Juliana Elena Ruiz, professora do curso de Graduação em Enfermagem da FCMSCSP e coordenadora do evento, o encontro traz esse tema para que seja possível compreender o movimento nacional da luta antimanicomial e como ele é fruto de muitos percalços e de luta constante para desconstruir estigmas: “Nosso objetivo é trabalhar juntos pelo fim da violência institucionalizada nos manicômios em defesa de um tratamento digno e respeitoso à pessoa com transtorno mental”, afirma.

Entre os destaques desta edição está a participação do jornalista Daniel Navarro Sonim, autor do livro “O Capa Branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil”, baseado na história do ex-atendente de enfermagem do Complexo Psiquiátrico do Juquery, Walter Farias. “Esperamos uma ampla participação de todos neste evento. Nossa expectativa é que haja troca de experiência e informações entre participantes, além de fortalecimento à causa e à importância de se discutir o tema como forma de conscientização e garantia dos direitos humanos das pessoas com transtornos mentais”, conclui a professora.

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O Capa-Branca – Revista Sociologia, Ciência & Vida, maio de 2017 (edição 63)

Veja a resenha de O Capa-Branca

A impressionante história do funcionário do Complexo Psiquiátrico do Juquery, em São Paulo, que se tornou paciente da instituição

por Túlio Maia Franco

“Tem uma coisa que ninguém pode tomar de mim: minhas memórias. Acho que só a morte pode apagá-las” (p. 16). As recordações de Walter Farias, ex-funcionário que se tornou paciente do Complexo Psiquiátrico do Juquery (São Paulo), na década de 1970, em coautoria com o jornalista Daniel Navarro, ganham vida neste livro, dividido em três partes: Hospital Psiquiátrico, Manicômio Judiciário e Internação. A narrativa, cujo gênero, poderíamos dizer, é um misto entre autobiografia e relato jornalístico em profundidade, é enriquecida com a intensidade das lembranças de Walter e a exposição dolorosa dos detalhes da vida manicomial.

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A história se desenvolve no município de Franco da Rocha, região metropolitana da cidade de São Paulo, que poderia passar despercebido se não fosse conhecido por ter abrigado um dos maiores complexos psiquiátricos do país, o do Juquery. O local com capacidade de 9 mil pacientes chegou a abrigar 16 mil pessoas, com as mais distintas perturbações e histórias de vida, ao longo dos turbulentos anos 70.

Aos 19 anos, Walter Farias fez parte de uma das primeiras levas de funcionários admitidos via concurso público como atendente de enfermagem no Hospital Psiquiátrico do Juquery. Era 1972. A partir daquela data passaria a vestir o jaleco branco que compõe o uniforme padrão dos trabalhadores responsáveis por cuidar/vigiar os enfermos internados no Juquery, isto é, ele se tornaria um capa-branca. É a partir desse ponto de vista que as duas primeiras partes do livro são contadas para o leitor. Ora a narrativa é preenchida de “causos” tragicômicos sobre personagens misteriosos a místicos que habitavam o hospital ou o Manicômio Judiciário – para o qual Walter seria transferido posteriormente –, ora essas narrativas dão lugar à descrição de vidas marcadas pela violência institucionalizada dos manicômios – muitos dos pacientes que estavam ali morreram como indigentes no cemitério do Juquery.

Pelos olhos do capa-branca conhecemos os diferentes ambientes do complexo psiquiátrico: sua arquitetura híbrida de hospital e prisão que contrastava com os belos jardins, seus diretores que por vezes se assemelhavam a coronéis, os médicos que mais pareciam burocratas, enfermeiros e auxiliares que muitas vezes se viam na condição de carcereiros. Aos pacientes restavam seus corpos nus ou vestidos com trapos; eles eram submetidos a uma intensa medicalização, aliada às mais cruéis formas de “terapias” destinadas a controlar, conter ou dopar todos aqueles sobre os quais recaía a alcunha de louco. No entanto, a narrativa de Walter e Daniel consegue captar as nuances e, ao registrar parte da vida dos pacientes e funcionários dessas instituições, preenche de carne e osso uma história sombria da saúde mental do Brasil, não nos deixando esquecê-la ou reduzi-la a uma simplicidade maquiavélica.

Loucura e normalidade

Ao longo da obra as divisões entre dentro e fora dos muros do manicômio, loucura e normalidade ficam cada vez mais tênues, o absurdo parece normal, “ali dentro, a gente não podia duvidar de nada” (p. 81), afirma Walter em uma das passagens do texto. Na parte dedicada à experiência do ex-funcionário no Manicômio Judiciário, parece aumentar o grau de violência e medo nas histórias contadas em pequenos capítulos, protagonizadas pelo ex-atendente de enfermagem e por todos aqueles que o cercavam. Elas se destacavam também pela grande vivacidade que demonstravam os internos, os presos do Manicômio Judiciário, os quais Walter e Daniel se dedicam a descrever. Eles se envolvem em planos de fuga, jogos de aposta, tráfico de cigarros, trocam ameaças, socos e pontapés. Walter parece mais absorto naquele ambiente, se afeta mais com aquelas histórias e chega a participar ativamente de algumas delas, como quando dedicou-se a impedir que alguns dos pacientes recém-internados fossem abusados sexualmente por um dos antigos. Desde então Walter passou a se sentir cada vez mais ameaçado dentro daquela instituição.

Doença mental ou exclusão

É nesse ponto que tempo e memória se confundem na narrativa. A terceira parte “Internação” é dedicada ao momento em que Walter perde a capa-branca, sua identidade profissional que parecia também lhe garantir o status de são naquele lugar. Ao esgotar-se dos serviços do Manicômio Judiciário, Walter desejava ser reinserido aos quadros do Hospital Psiquiátrico na esperança de ter melhores condições de trabalho. Entretanto, a insatisfação de Walter acarretou-lhe uma série de advertências que prontamente seriam convertidas em sintomas de alguma doença mental. Antes funcionário, Walter entraria mais uma vez no Juquery, mas dessa vez rasparam-lhes os cabelos e entregaram-no o uniforme azul dos pacientes. Ao evocar sua (antiga) identidade de capa-branca, como forma de amenizar os maus-tratos que sofria e conquistar a empatia dos funcionários, sua aclamação era descreditada como loucura.

O livro é recomendado a todos aqueles que queiram conhecer parte de uma história muitas vezes esquecida de nosso país. A obra de Walter Farias e do jornalista Daniel Navarro se mostra mais uma peça fundamental para a rememoração de parte da história da saúde mental no Brasil. Relatos autobiográficos como esse são de fundamental importância para compreender a dimensão afetiva da história dos manicômios. Vale ressaltar que essas narrativas continuam atuais, tendo em vista que, talvez não com a mesma intensidade que antes, continuam ocorrendo abusos e formas questionáveis de “tratamento” em saúde mental nas diferentes regiões do país.

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O Capa-Branca – Portal Hospitais Brasil, 9 de maio de 2017

6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica

O curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) realiza em 13 de maio o 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica. O evento terá como tema as “Perspectiva da luta antimanicomial: da institucionalização da loucura aos desafios da reforma psiquiátrica”.

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O encontro será gratuito e aberto ao público em geral. Entre os destaques desta edição está a participação do jornalista Daniel Navarro Sonim, autor do livro “O Capa Branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil”, baseado na história do ex-atendente de enfermagem do Complexo Psiquiátrico do Juquery, Walter Farias.

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O Capa-Branca – Segs, 8 de maio de 2017

FCMSCSP promove 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica

O curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) realiza neste sábado, 13 de maio, o 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica. O evento terá como tema as “Perspectiva da luta antimanicomial: da institucionalização da loucura aos desafios da reforma psiquiátrica”.

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O encontro será gratuito e aberto ao público em geral. Entre os destaques desta edição está a participação do jornalista Daniel Navarro Sonim, autor do livro “O Capa Branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil”, baseado na história do ex-atendente de enfermagem do Complexo Psiquiátrico do Juquery, Walter Farias.

SERVIÇO

Evento: 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica

Realização: Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Data: 13/5/17 (sábado), das 7h às 12h30

Local: Auditório Prof. Dr. Emilio Athié – Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP)

Endereço: Rua Dr. Cesário Motta Júnior, 112 – Vila Buarque – São Paulo (SP)

PROGRAMAÇÃO

· 7h – Recepção

· 7h30 – Abertura – Professora Mestra Juliana Elena Ruiz

Professora instrutora da disciplina de Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental (curso de Graduação em Enfermagem) e coordenadora do curso de Pós-Graduação em Enfermagem Psiquiátrica e Saúde Mental da FCMSCSP.

· 8h – Palestra: “Os grandes desafios que permeiam o movimento da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica” – Cláudia Braga

Terapeuta ocupacional, graduada em Filosofia, mestra em Saúde Coletiva e doutoranda em Filosofia pela USP. Atua com os temas: saúde coletiva, saúde mental, desinstitucionalização e ética do cuidado.

· 9h – Palestra: “O Tratamento em liberdade” – Stella Maris Chebli

Psicóloga, psicanalista e analista institucional.

· 10h – Intervalo

· 10h30 – Palestra: “Juquery: a história revisitada, a assistência entre muros na ditadura militar” – Douglas Sherer Sakagushi

Especialista e mestre em Psiquiatria e Saúde Mental pelo Departamento de Enfermagem da Unifesp. Formado em Psicanálise e assessor técnico em saúde do Distrito de Saúde Freguesia do Ó/Brasilandia, da cidade de São Paulo.

· 11h30 – Palestra: “O Capa Branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil” – Daniel Navarro Sonim

Jornalista, tradutor, blogueiro e autor do livro “O Capa Branca”.

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O Capa-Branca – Blog da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, 5 de maio de 2017

6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica da FCMSCSP

A disciplina de Enfermagem Psiquiátrica na Saúde do Adulto e Idoso do curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo realiza no dia 13 de maio, sábado, das 7h às 12h30, o 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica. O encontro será gratuito e aberto ao público em geral.

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Entre os destaques desta edição está a participação do jornalista Daniel Navarro Sonim, autor do livro “O Capa Branca: de funcionário a paciente de um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil”, baseado na história do ex-atendente de enfermagem do Complexo Psiquiátrico do Juquery, Walter Farias.

Local:
Auditório Prof. Dr. Emilio Athié
Rua Dr. Cesário Motta Junior, 112, Vila Buarque, São Paulo (SP)

Para conhecer a programação e se inscrever, acesse a página oficial do 6º Encontro de Enfermagem Psiquiátrica – “Perspectiva da luta antimanicomial: da institucionalização da loucura aos desafios da reforma psiquiátrica”.

As inscrições podem ser realizadas até às 15h do dia 12/5, sexta-feira.

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O Capa-Branca – Arapuá MS (Três Lagoas/MS), 2 de maio de 2017

Autores do livro O Capa-Branca irão realizar palestra na AEMS

Livro narra trajetória de funcionário que se tornou paciente do Juquery

O curso de Jornalismo da AEMS convida todos os interessados em Jornalismo Literário, para participarem de uma palestra que irá ocorrer amanhã, 03 de maio, na produtora de audiovisual da Instituição, às 19 horas. Gratuita, a palestra irá abordar o processo de produção do livro O Capa-Branca.

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O Capa-Branca conta a história de Walter Farias, ex-atendente de enfermagem que trabalhou e foi internado em um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil. No livro O Capa-Branca, o jornalista Daniel Navarro Sonim reuniu, a partir de manuscritos e entrevistas, as experiências de vida de Walter Farias, ex-funcionário que se transformou em paciente, na década de 1970, do Complexo Psiquiátrico do Juquery, em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo. Números oficiais dão conta que naquela época o local chegou a abrigar quase o dobro das 9 mil pessoas que tinha condição de comportar.

Aprovado no concurso público para atendente de enfermagem, Walter é designado para cuidar de pacientes acamados ou que perambulam, alheios à realidade, pelos corredores das clínicas do Hospital Psiquiátrico. A vida do protagonista de O Capa-Branca começa a tomar outro rumo depois da repentina transferência para o Manicômio Judiciário, onde ele convive com pacientes que cometeram crimes, alguns deles violentos e com requintes de crueldade.

A rotina no manicômio abala sua sanidade e o obriga a abandonar sua capa branca, o jaleco que os funcionários vestiam para trabalhar. Dali em diante, a única alternativa é a internação. Ao se tornar mais um paciente do Juquery, passa a sentir na pele os horrores daquele lugar.

Na visão de Walter Farias, que hoje está aposentado, as pessoas acreditam que ele tenha se tornado esquisito depois da convivência por sete anos com os doentes. “Eu aposto que muita gente nem imagina quais são os verdadeiros limites da loucura. Mas será que a mente humana possui limites?”, desafia Walter.

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O Capa-Branca – Hoje Mais (Três Lagoas/MS), 3 de maio de 2017

Autores do livro O Capa-Branca ministram palestra nesta quarta-feira em Três Lagoas

Daniel Navarro Sonim e Walter Farias são os autores do livro O Capa – Branca e juntos irão ministrar uma palestra na faculdade Aems hoje (3) a partir das 19h, na produtora de audiovisual da faculdade. A entrada é franca e é uma ação dos acadêmicos do curso de Jornalismo.

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O Capa-Branca conta a história de Walter Farias, ex-atendente de enfermagem que trabalhou e foi internado em um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil. No livro O Capa-Branca, o jornalista Daniel Navarro Sonim reuniu, a partir de manuscritos e entrevistas, as experiências de vida de Walter Farias, ex-funcionário que se transformou em paciente, na década de 1970, do Complexo Psiquiátrico do Juquery, em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo. Números oficiais dão conta que naquela época o local chegou a abrigar quase o dobro das 9 mil pessoas que tinha condição de comportar.

Aprovado no concurso público para atendente de enfermagem, Walter é designado para cuidar de pacientes acamados ou que perambulam, alheios à realidade, pelos corredores das clínicas do Hospital Psiquiátrico. A vida do protagonista de O Capa-Branca começa a tomar outro rumo depois da repentina transferência para o Manicômio Judiciário, onde ele convive com pacientes que cometeram crimes, alguns deles violentos e com requintes de crueldade.

A rotina no manicômio abala sua sanidade e o obriga a abandonar sua capa branca, o jaleco que os funcionários vestiam para trabalhar. Dali em diante, a única alternativa é a internação. Ao se tornar mais um paciente do Juquery, passa a sentir na pele os horrores daquele lugar.

Na visão de Walter Farias, que hoje está aposentado, as pessoas acreditam que ele tenha se tornado esquisito depois da convivência por sete anos com os doentes. “Eu aposto que muita gente nem imagina quais são os verdadeiros limites da loucura. Mas será que a mente humana possui limites?”, desafia Walter.

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O Capa-Branca – Rádio Caçula (Três Lagoas/MS), 2 de maio de 2017

Autores do livro O Capa-Branca irão realizar palestra na AEMS

Livro narra trajetória de funcionário que se tornou paciente do Juquery

O curso de Jornalismo da AEMS convida todos os interessados em Jornalismo Literário, para participarem de uma palestra que irá ocorrer amanhã, 03 de maio, na produtora de audiovisual da Instituição, às 19 horas. Gratuita, a palestra irá abordar o processo de produção do livro O Capa-Branca.

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O Capa-Branca conta a história de Walter Farias, ex-atendente de enfermagem que trabalhou e foi internado em um dos maiores hospitais psiquiátricos do Brasil. No livro O Capa-Branca, o jornalista Daniel Navarro Sonim reuniu, a partir de manuscritos e entrevistas, as experiências de vida de Walter Farias, ex-funcionário que se transformou em paciente, na década de 1970, do Complexo Psiquiátrico do Juquery, em Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo. Números oficiais dão conta que naquela época o local chegou a abrigar quase o dobro das 9 mil pessoas que tinha condição de comportar.

Aprovado no concurso público para atendente de enfermagem, Walter é designado para cuidar de pacientes acamados ou que perambulam, alheios à realidade, pelos corredores das clínicas do Hospital Psiquiátrico. A vida do protagonista de O Capa-Branca começa a tomar outro rumo depois da repentina transferência para o Manicômio Judiciário, onde ele convive com pacientes que cometeram crimes, alguns deles violentos e com requintes de crueldade.

A rotina no manicômio abala sua sanidade e o obriga a abandonar sua capa branca, o jaleco que os funcionários vestiam para trabalhar. Dali em diante, a única alternativa é a internação. Ao se tornar mais um paciente do Juquery, passa a sentir na pele os horrores daquele lugar.

Na visão de Walter Farias, que hoje está aposentado, as pessoas acreditam que ele tenha se tornado esquisito depois da convivência por sete anos com os doentes. “Eu aposto que muita gente nem imagina quais são os verdadeiros limites da loucura. Mas será que a mente humana possui limites?”, desafia Walter.

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