“Paisagens Ameríndias: Lugares, Circuitos e Modos de Vida na
Categoria: Paisagens Ameríndias
Paisagens Ameríndias – Ponto Urbe, agosto de 2014
Paisagens Ameríndias, Lugares, Circuitos e Modos de Vida na Amazônia
Fernando Augusto Fileno
A coletânea Paisagens Ameríndias, Lugares, Circuitos e Modos de Vida na Amazônia é resultado dos estudos etnográficos sobre o tema da natureza e sociedade na Amazônia, beneficiado pelo financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e nasceu da colaboração entre os programas de pós-graduação de antropologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Versando sobre as áreas da etnologia indígena, história indígena e da antropologia urbana, ele descortina-se sobre as regiões do sudoeste, noroeste e a Amazônia central para trabalhar temas caros à etnologia atual, assim como, a memória indígena e suas relações com a economia do aviamento e sobre os espaços de socialidade dos índios nas cidades.
O livro está dividido em 15 capítulos, contribuição de diversos autores, alguns em colaboração, separados em três partes que, distante de serem blocos independentes, compartilham antes, esforços comparativos e possibilidades de pesquisa, privilegiando os conceitos e as teorias nativas para promover a desestabilização de dualismos estanques entre Natureza/Sociedade; Humanidade/Animalidade; Sujeito/Objeto; Aldeia/Cidade e apresentar práticas e saberes inseridos em outros modos de habitar a Amazônia.
Abre-se o volume com Márcio Ferreira da Silva anunciando, em um artigo sobre o nexo entre vizinhança e afinidade entre os Enawenê-Nawê, povo de língua arawak, o tom do ritmo que marcará todo o livro, seu foco na dinâmica de circulação de “dons”, vislumbrar-se-á, nos outros capítulos, nas traduções de mundos que transitam e coexistem perceptualmente em uma formulação mais amazônica (Carneiro da Cunha 2009:366). Teremos no decorrer destas paisagens, expressões de movimentos de articulação entre o plano local e o plano global, manifestação primeiro representada no processo de construção social da aldeia enawnê nawê e que seguirá a afluência para outros contextos, diferenciados e distantes, porém associados nos circuitos da maior floresta do globo.
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Paisagens Ameríndias – INCT Brasil Plural, 6 de fevereiro de 2014
Pesquisadores do Neai/UFAM participam da coletânea “Paisagens Ameríndias”
Com a organização dos antropólogos Marta Amoroso e Gilton Mendes dos Santos, o livroPaisagens Ameríndias – lugares, circuitos e modos de vida na Amazônia traz uma série de ensaios com os resultados de pesquisas nas áreas de etnologia, história indígena e antropologia urbana na Amazônia Central e Meridional. Os diversos autores analisam a riqueza e a complexidade das vidas dos habitantes que se cruzam nas paisagens da região. A investigação dessas relações reserva surpresas: descobre-se que em Manaus, por exemplo, o aumento da população indígena pode dever algo ao futebol.
Os textos, entre outros aspectos, indagam os sentidos de vizinhança para a etnia Enawenê-Nawê; percorrem lugares com os sábios kumua Tukano e Baniwa e verificam as classificações que, partindo dos peixes, tratam das relações entre humanos e não-humanos no alto rio Negro; adentram pelo território banhado pelo rio Purus, habitado pelos grupos falantes das línguas arawá e descrevem sistemas de troca e cosmologias em que estão presentes as figuras dos patrões do extrativismo e suas mercadorias; relatam rituais de cura, de iniciação e de outras experiências dos ameríndios.
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