Heitor – Leitores S.A, 5 de setembro de 2014

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RESENHA: HEITOR – Sylvia Loeb

Inovador, diferente, obscuro, são varias as atribuições que podem ser dadas a ”Heitor”, um livro totalmente fora do tradicional, da zona de conforto onde o bem sempre prevalece e se sobrepõem  ao mal na maioria das vezes.

Neste livro vemos o mal retratado no protagonista Heitor, que se encontra internado e paralisado por um derrame, um homem adulto, perverso e fascinado por armas brancas e que despreza a mulher e os filhos, porém não consegue prescindir dos mesmos.  

Um marca do enredo é que nos é mostrado que o mal está em todo lugar, mesmo que de uma forma adormecida e censurada, ele sempre esta a espreita, esperando uma brecha para poder se expressar.

Expressão cuja nos é apresentada através de artifícios literários como trechos de revistas e jornais que demonstram o quão banalizado e preponderante pode ser o mal quando despertado em alguém.

Narrado por mais de um personagem, o livro nos permite ver a história a partir de vários olhares e formas de ver o outro, nos mostrando cada vez mais a capacidade de vingança e ódio que qualquer um esta sujeito a desencadear, não somente contra o outro, mas também contra si mesmo, como é citada no livro uma reportagem com a seguinte manchete ”Top Tatiana Aragon morre, aos 20, em Barcelona; policia suspeita de suicídio.”

Não posso deixar de confessar que precisei algumas vezes voltar a pagina anterior para reler e refletir sobre algumas passagens. Pedindo uma atenção a mais do leitor. Me deixando algumas vezes surpreso com os relatos e até mesmo espantado.

Um ponto é certo, assim como eu você decididamente não vai conseguir pensar em um livro que se aproxime e se assemelhe do que é retratado em ”Heitor”.

Leia aqui a resenha na íntegra

E veja aqui mais informações sobre o livro

Heitor – Revista da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica

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“Seja um instinto de morte contraposto a um instinto de vida aceito ou não pela psicanálise, a destrutividade humana, a devastação da violência perpetuada entre semelhantes, é fato que preocupou os pilares da psicanálise moderna: Freud e Jung. A esse respeito estavam profundamente irmanados. O romance Heitor cizela plasticamente e de modo surpreendente os dois impulsos – determinantes da vida humana: sexualidade e destruição, a vida / morte, a morte / vida, o enigma da criação e das emoções, o aberto e o fechado, o amor e o ódio, o céu e o inferno, o castigo e a redenção.  O drama da petrificação  (Piera),  o homem /macho dominante patriarcal ( Heitor), os filhos da civilização e do casal fundamental do Ocidente  (Ângelos – Lamas), assim, feitos de espírito e de terra, com a sobrevivência ameaçada e a ânsia de amor frustrada.”

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Heitor – Blog “Livros que li” outubro/2012l

 

Foi Heloísa, querida amiga, quem me fez conhecer esse pequeno livro. Sylvia Loeb conta uma história potente e concisa. Ela usa no livro alguns artifícios literários:trechos de jornais e revistas, um poema de Mário de Sá Carneiro, uma ilustração curiosa, de uma tamareira milenar. Esses artifícios enfatizam sobretudo a banalidade e preponderância do mal, a natureza potencialmente cruel e vingativa de todos os homens (na verdade todos os personagens do livro são cruéis e vingativos, amargurados e duros, com eles mesmo e com os outros).

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Heitor – Diário do Comércio, setembro/2012

Embora possam chamar atenção pelo fato de a autora ser psicanalista, as ficções da paulistana Sylvia Loeb, nestes tempos em que a literatura parece se dividir entre a ficção que visa mais o mercado do que a arte, praticada por escritores profissionais assessorados por equipes especializadas em pesquisas sobre os gostos do público-alvo e sobre os temas de maior interesse no momento,  e a ficção com ambições mais eruditas, praticada em geral por mestres e doutores em letras, se inserem nas tradições maiores da narrativa em estado puro. Ou seja, ela é herdeira dos grandes escritores, reconhecidos como tais, fossem quais fossem suas profissões no que podemos chamar de mundo profano em relação a essa instituição sagrada que é a arte.

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Heitor – Amigos do Livro

 

Heitor, o protagonista que dá título à novela de Sylvia Loeb, é perverso: obsessivo, amante de armas brancas, tem nojo de qualquer fluido corporal e despreza os filhos e a mulher, apesar de não conseguir prescindir de sua companhia. Vaidoso, humilha os subordinados e se compraz, ainda que entubado e paralisado por um derrame, em observar – voyeur  orgulhoso – os outros, pobres crédulos.

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Heitor – Programa Rádio ao Vivo (Jovem Pan)

 

Nesta edição do Rádio ao Vivo, José Luiz Menegatti conversou com a psicanalista Sylvia Loeb, que está lançando seu terceiro livro.

Com o título de “Heitor”, a publicação escancara o lado do mal e da perversidade de um ser humano.

A Sylvia Loeb nos contou um pouco mais sobre seu livro. Ouça a entrevista concedida ao apresentador e jornalista José Luiz Menegatti.

Entrevista Sylvia Loeb