RESENHA: HEITOR – Sylvia Loeb
Inovador, diferente, obscuro, são varias as atribuições que podem ser dadas a ”Heitor”, um livro totalmente fora do tradicional, da zona de conforto onde o bem sempre prevalece e se sobrepõem ao mal na maioria das vezes.
Neste livro vemos o mal retratado no protagonista Heitor, que se encontra internado e paralisado por um derrame, um homem adulto, perverso e fascinado por armas brancas e que despreza a mulher e os filhos, porém não consegue prescindir dos mesmos.
Um marca do enredo é que nos é mostrado que o mal está em todo lugar, mesmo que de uma forma adormecida e censurada, ele sempre esta a espreita, esperando uma brecha para poder se expressar.
Expressão cuja nos é apresentada através de artifícios literários como trechos de revistas e jornais que demonstram o quão banalizado e preponderante pode ser o mal quando despertado em alguém.
Narrado por mais de um personagem, o livro nos permite ver a história a partir de vários olhares e formas de ver o outro, nos mostrando cada vez mais a capacidade de vingança e ódio que qualquer um esta sujeito a desencadear, não somente contra o outro, mas também contra si mesmo, como é citada no livro uma reportagem com a seguinte manchete ”Top Tatiana Aragon morre, aos 20, em Barcelona; policia suspeita de suicídio.”
Não posso deixar de confessar que precisei algumas vezes voltar a pagina anterior para reler e refletir sobre algumas passagens. Pedindo uma atenção a mais do leitor. Me deixando algumas vezes surpreso com os relatos e até mesmo espantado.
Um ponto é certo, assim como eu você decididamente não vai conseguir pensar em um livro que se aproxime e se assemelhe do que é retratado em ”Heitor”.
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