Albinos – Cultura FM (De volta ‘pra’ casa), 4 de agosto de 2014

capa_albinos

Ensaio fotográfico mostra sensibilidade e beleza de albinos

O fotógrafo Gustavo Lacerda conversou com o De volta ‘pra’ casa sobre o livro de fotos que revela a beleza das pessoas albinas e o preconceito sofrido por elas

As editoras Madalena e Terceiro Nome lançam o livro Albinos, que reúne as obras fotográficas de Gustavo Lacerda. O fotógrafo compartilhou com o De volta ‘pra’ casa as histórias que ouviu dos modelos sobre o preconceito sofrido na infância e a superação.

“Uma coisa que eu percebi é o tanto que ainda, apesar de tanta informação, somos bárbaros em relação à diferença. E como é difícil para as pessoas aceitarem essa diferença. O relato da maioria deles, são de histórias terríveis na infância”, revela Lacerda. O fotógrafo ainda relata que foi atraído pelos tons pastéis e a poesia existente nas pessoas.

“Acho que por essa invisibilidade social que eles têm e se sentirem um pouco à margem, eles acabam sendo pessoas muito tímidas. Eu acho que a própria timidez traz uma poesia de gestual. Vivemos num período que as pessoas querem aparecer tanto, as pessoas são o máximo em redes sociais. Acho que quem ainda traz essa timidez tem toda uma delicadeza e uma beleza genuína. A ideia do trabalho era tentar retratar um pouco disso”, explica Lacerda. Ouça a entrevista completa!

Ouça aqui a entrevista completa

E confira aqui mais informações sobre o livro

Símbolos religiosos em controvérsias – NER (Núcleo de Estudos da Religião), agosto de 2014

simbolos_relig (1)

Símbolos religiosos em controvérsias

Editora Terceiro Nome lança nova publicação com os textos do professor Emerson Giumbelli

O autor aborda nesta coletânea questões fundamentais para compreendermos os processos sociais e políticos que envolvem os debates sobre a religião no mundo contemporâneo. Dá relevo ao caráter histórico e contingente da laicidade e também da religião frente ao estado brasileiro e, em consequência, chama atenção para a importância de se analisar as muitas controvérsias que hoje envolvem os atores religiosos e laicos no país. O ensino religioso nas escolas, a tolerância ou intolerância religiosa, as conexões que certos símbolos são chamados a edificar em nome da nação, da cultura e das crenças do chamado povo brasileiro passam nesta coletânea por um trabalho analítico renovador.

Emerson Giumbelli é antropólogo, professor de Antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pesquisador do CNPq e membro do Núcleo de Estudos da Religião (NER/UFRGS). Realizou seu doutorado no Museu Nacional/UFRJ (2000). É autor dos livros O cuidado dos mortos: uma história da condenação e legitimação do espiritismo (1997) e O fim da religião: dilemas da liberdade religiosa no Brasil e na França (2002). É co-organizador da coletânea A religião no espaço público (Terceiro Nome – 2012).

Veja aqui a nota na íntegra

E confira aqui mais informações sobre o livro

Albinos – Brasil Post, 24 de julho de 2014

capa_albinos

‘Achei que deveria trazê-los para a luz’, diz Gustavo Lacerda, criador de ensaio sobre albinos

Eles vivem literalmente à ‘sombra’ na sociedade, mas, ao mesmo tempo, são notados pelos cabelos, cílios e pele quase transparentes por onde passam. Gustavo Lacerda, fotógrafo, de 44 anos, trouxe delicadeza e uma beleza sutil para o ensaio fotográficoAlbinos, que será lançado em livro no próximo dia 31, em São Paulo.

Vencedor de prêmios como Conrado Wessel, em 2011, Gustavo assina obra que integra o acervo do Pirelli/MASP. Ele foi capa da Ilustrada nesta semana e ganhou destaque pela sutileza com que retrata o universo de seus personagens.

“Acredito que o assunto desperta o interesse das pessoas, mostra como protagonistas pessoas que normalmente não ocupam esse lugar”, contou Gustavo em entrevista ao Brasil Post.

Lacerda, que diz se interessar em ‘fotografar quem é pouco fotografado’, viu na fotofobia, na falta de melanina e no fato de precisarem andar longe do sol, a oportunidade de trazer os albinos para a luz.

“Fotografia é luz. Achei que seria interessante trazê-los para a luz e, como muitos deles se sentem marginalizados socialmente, e intimidados, esta é uma forma de trazê-los para o centro da atenção de uma forma positiva, respeitosa.”

O artista ficou interessado pelos tons de pele, dos cabelos e dos olhos que remetem a uma atmosfera tímida e extremamente delicada, mesmo notando que há muita tensão no mundo particular de cada um.

Durante cinco anos, foram fotografados cerca de 50 albinos entre adultos e crianças. Para o livro, Gustavo selecionou apenas 35 imagens. As fotografias foram feitas no estúdio do artista, em São Paulo, e também no Rio de Janeiro e no Maranhão, em lugarejos próximos à ilha de Lençóis, conhecida pela alta concentração de albinos.

O fotógrafo financiou grande parte da produção do projeto e, para reduzir os custos, pretende vender 50 livros-objetos com impressão e embalagem especiais. Segundo o jornal Folha de São Paulo, cada um custará R$ 650.

No próximo dia 31, o lançamento vai ganhar uma roupagem especial, no centro de fotografia Madalena CEI, em São Paulo. Gustavo pretende fazer uma projeção de imagens, e alguns protagonistas do ensaio estarão presentes no local.

Gustavo vai lançar um novo projeto, em agosto, na SP Arte Foto, que também é uma série de retratos de pessoas comuns “anônimas e com seus dramas”, segundo ele.

Confira aqui a matéria na íntegra

E veja aqui mais informações sobre o livro

 

Albinos – Estadão (Cultura), 4 de agosto de 2014

capa_albinos

Albinos são tema de livro de Gustavo Lacerda

Fotógrafo passou cinco anos fazendo retratos

Dizia Caetano Veloso que “Narciso acha feio o que não é espelho”. Mas o fotógrafo Gustavo Lacerda e seu ensaio Albinos, agora reunido em livro pelas editoras Madalena e Terceiro Nome, mostra o contrário: o que sai do comum desafia e encanta. Há cinco anos, ele viu no parque do Ibirapuera, em São Paulo, um albino – não era a primeira vez, mas foi sim a primeira em que ele olhou com olhos de fotógrafo: os traços físicos, a delicadeza, a timidez de “um ser quase invisível”, conta em entrevista ao Estado por telefone.

Leia aqui a continuação da matéria

E confira aqui mais informações sobre o livro